Seca afeta produção de cereais de outono/inverno

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A seca que o país atravessa vai afetar a produção de cereais de outono/inverno. A previsão é do INE, que a 31 de julho previa uma diminuição de cerca de 20% na campanha de cereais de outono/inverno nesta campanha. Mas nem tudo será mau na produção agrícola nacional. No tomate para a indústria espera-se uma campanha a rondar as 94 toneladas por hectare, mais 15% do que em 2016.

“A colheita [de tomate para a indústria]iniciou-se em meados de julho e as primeiras previsões apontam para uma produtividade média de 94 toneladas por hectare, valor próximo do máximo das últimas três décadas (94,3 toneladas por hectare, alcançado em 2015)”, revelam as previsões do INE.

No milho de regadio, o Instituto Nacional de Estatística revela que se verificou uma redução na área semeada de cerca de 5% face a 2016 e de cerca de 17% face à média dos últimos cinco anos. As searas de arroz, por sua vez, deverão manter uma produtividade semelhante à da campanha anterior. De acordo com o INE, “a presença de infestantes é inferior à da campanha anterior e alguns ataques de aves restringem-se a zonas de produção com pouca expressão no total nacional.”

Na batata de regadio prevê-se que a produtividade possa chegar às 23 toneladas por hectare, um crescimento de 10% face à campanha anterior. Importa referir que o facto de o preço da batata estar neste momento abaixo do praticado no ano passado está a fazer com que muitos produtores estejam “a protelar a comercialização na expetativa de melhoria das condições”, refere o INE.

Produtividade das pomóideas aumenta 20% face a 2016

As previsões do INE indicam ainda que “o estado vegetativo das pomóideas é bom”, prevendo-se, por isso, que a colheita das variedades mais precoces tenha início ainda em agosto. “Nas maçãs, a queda localizada de granizo na zona de Beira Douro e Távora danificou parte significativa da produção, que terá de ser direcionada para a indústria. Ainda assim, globalmente, espera-se um aumento de 20% na produtividade desta cultura face à campanha anterior”. No caso das peras, “as temperaturas têm contribuído para o aumento do calibre dos frutos, num ano em que a carga é elevada.” Assim, a produtividade deverá rondar as 13,6 toneladas por hectare, valor 20% acima da obtida em 2016.

Para as prunóideias as perspetivas também são positivas, com a produtividade estimada para esta campanha (10 toneladas por hectare) a representar um acréscimo de 20% face a 2016.

Vindimas antecipadas e com maior produção

A campanha vitivinícola, por sua vez, está este ano adianta em cerca de duas semanas face ao habitual. De acordo com o INE, estima-se um crescimento na produtividade de 10% face ao período homólogo, “havendo alguma expectativa sobre os efeitos da escassez de água na qualidade dos vinhos.” No caso da uva se mesa, a produtividade deverá aumentar 5%.

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