«O problema da floresta é um problema do País»

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Quem o garante é Miguel Freitas, secretário de Estado das Florestas.

A destruição provocada pelos incêndios do ano passado chamou a atenção para «o barril de pólvora» que era o estado em que se encontrava a floresta e deixou patente que «não se pode perder a oportunidade de transformar o problema da floresta num problema que é de todos».

«Temos o País a discutir a questão da floresta ou seja, já ganhamos consciência deste problema», considerou, este domingo, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.

Miguel Freitas falava no encontro nacional de agricultores que, organizado pela União dos Agricultores do Distrito de Leiria (UADL), marcou o programa do último dia da feira EXPOJARDIM/FRUTITEC/IBEROPRAGAS, na Exposalão.

Perante uma plateia de cerca de uma centena de agricultores da região centro que, indiferentes ao clima adverso marcaram presença no evento, o governante falou da questão da limpeza dos terrenos, considerando que «os proprietários compreendem esta necessidade e estão a limpar», o mesmo acontecendo com as autarquias que «estão a fazer também o seu papel, seja realizando ações de sensibilização, seja estando preparadas para intervir».

Quanto ao Estado, frisou, está a por em prática «um programa robusto para limpeza das matas públicas e dos baldios».

Miguel Freitas tranquilizou alguns dos agricultores em relação a esta limpeza, esclarecendo que «em caso de dúvidas se informem, porque nem todas as árvores são para abater».

Informou, ainda, que os que não conseguirem cumprir o prazo de 15 de março para realizar esta ação «não serão multados no dia seguinte», explicando que a prioridade será informar e ajudar os privados nesta ação.

Na sua intervenção, o secretário de Estado fez, também, algumas revelações aos presentes, como a criação do Estatuto de Agricultura Familiar, uma medida de apoio às pequenas explorações que vai ser criada já a partir de Abril.

Apresentou, ainda, o programa 'Cabras-Sapadores', que apoiará a limpeza dos baldios, revelando que, no âmbito desse programa, será limpa uma área de 1.116 quilómetros.

As medidas, anunciou, permitem que «se pense e se prepare a nossa floresta para o futuro», frisando que a intenção é «regionalizar» todos esses programas de apoio à mudança.

Anunciou, ainda, que está já em curso, para este ano, uma reforma do Instituto Nacional da Natureza e das Florestas (ICNF) que passará a estar «mais próximo das pessoas e dos problemas».

O governante falou perante uma plateia interessada e que foi levantando várias questões, muitas delas relacionadas com a limpeza dos terrenos.

Ouviu, também, as preocupações de alguns agricultores. Foi o caso de Joaquim Soares que afirmou que «face às dificuldades que implica a agricultura, vimos os nossos filhos fugir para outras atividades».

A sessão, uma verdadeira reflexão sobre a agricultura, contou ainda com a presença dos presidentes de Câmara da Batalha e Porto de Mós, respetivamente, Paulo Baptista e Jorge Vala.

A EXPOJARDIM, na sua 20ª edição, a FRUTITEC/HORTITEC (sexta edição) e a quarta edição da IBEROPRAGAS são três salões que compõem um certame de excelência, confirmada pela quantidade e qualidade, quer dos expositores, do público mas também dos seminários que decorreram em paralelo com a exposição e que permitiram uma reflexão sobre as principais questões que se colocam aos três setores.

Nos três dias do certame, passaram pelo certame, milhares de visitantes, entre profissionais dos três setores e público em geral.

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