Castas de Portugal: Moscatel Graúdo

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Casta autóctone portuguesa

Sinónimos Reconhecidos: Moscatel de Setúbal, na rotulagem do VLQPRD Setúbal. Muscat d’Alexandrie (França). Moscatel de Málaga (Espanha).

A actual utilização para plantações desta casta é inferior a 0,5%.

Informação Viticert

Morfologia

Extremidade do ramo jovem: Aberta, com orla carmim e média densidade de pêlos prostrados.

Folha Jovem: Acobreada, baixa densidade de pêlos prostrados na página inferior.

Flor: Hermafrodita.

Pâmpanos: Estriado de vermelho e com gomos verdes.

Folha Adulta: De tamanho médio, orbicular, com três lóbulos. Limbo verde médio, plano, ligeiramente bolhoso. Nervuras principais ligeiramente avermelhadas na base. Página inferior com baixa densidade de pêlos prostrados. Dentes curtos e rectilíneos. Seio peciolar fechado, em V, seios laterais abertos em V.

Cacho: Grande, cónico alado, frouxo. Pedúnculo longo.

Bago: Obovóide, grande e verde-amarelado; película de espessura média, polpa rija; sabor a moscatel.

Sarmento: Castanho amarelado.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fenologia

Abrolhamento: Tardio, 13 dias após a ‘Fernão Pires’.

Floração: Tardia, 10 dias após a ‘Fernão Pires’.

Pintor: Tardio, 11 dias após a ‘Fernão Pires’.

Maturação: Tardia, duas semanas após a ‘Fernão Pires’.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Castas de Portugal: Moscatel Graúdo

Fisiologia

Porte semi-erecto. Vigor forte. Produção excessiva diminui o sabor a moscatel.

Sensível ao oídio, ao míldio e ao aranhiço vermelho.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Valor genético

Variabilidade intravarietal do rendimento médio

(CVG = 23,7% e h2G = 71,9%)Prof. Antero Martins ISA

Casta classificada

Vinho Regional Estremadura, Ribatejano, Terras do Sado, Alentejano, Algarve e Açores.

Nos DOC Palmela, Setúbal, Lagoa, Lagos, Portimão e Tavira.

Informação Anuário IVV

Descrição geral

É muito utilizada para uva de mesa, sendo muito cultivada na bacia do Mediterrâneo, encontra nas encostas suaves da Arrábida, o “terroir” que melhor espelha as suas virtudes.A fama dos seus vinhos generosos levou a um plantio alargado na região de Azeitão. É nos solos argilo-calcários que surgem os melhores vinhos, devendo a vindima decorrer tarde, em Outubro, se as encostas estiverem viradas a Norte. Este Moscatel é conhecido noutros países como Moscatel de Alexandria. Na região de Setúbal surge muitas vezes sem ser aramada, formando arbustos, de grandes cachos e bagos.

Castas de Portugal: Moscatel Graúdo

Descrição do vinho monovarietal

Produz o vinho licoroso mais afamado da região, caracterizado pelas suas qualidades de aromas e sabor peculiares e inconfundíveis, resultado das condições edafo-climáticas. A sua vindima no início de Outubro, leva a um bom equilíbrio entre a frescura, resultado da acidez natural, e o teor de açúcares. Tem graduação entre os 18 e os 20°. A cor varia de topázio claro a âmbar, quando envelhece adquire um perfume inconfundível. Tem um aroma floral exótico, com toques de mel, laranja e tâmaras.

Qualidade do material vegetativo

Material policlonal garantia Porvitis.Material certificado ENTAV – França.

Alguns vinhos no mercado

Adega Cooperativa de Palmela, Casa Agrícola Horácio Simões, JMF, JP Vinhos, Sivipa e Venâncio da Costa Lima, entre outros.

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