Brexit: Governo britânico vai beneficiar agricultores ‘amigos do ambiente’

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O Governo britânico pretende transferir cerca de 150 milhões de libras dos agricultores mais ricos para programas ambientais depois do Brexit. De acordo com a BBC, o secretário do Ambiente do Reino Unido, Michael Gove, quer colocar um ponto final nos pagamentos diretos baseados na quantidade de terras cultivadas.

O objetivo, diz o Governo britânico, é beneficiar os agricultores que apostem no bem-estar do público e do consumidor em geral, nomeadamente através do investimento na produção de alimentos sustentáveis.

Atualmente, a PAC determina um pagamento de 3 mil milhões de libras anuais aos agricultores britânicos, um valor cuja distribuição está diretamente relacionada com a quantidade de hectares cultivados.

Segundo a BBC, os responsáveis pela pasta da Agricultura do Reino Unido pretendem que haja um período de transição entre os dois sistemas e durante o qual o valor atribuído a cada agricultor seja gradualmente reduzido, com os maiores valores a deverem levar o maior corte.

O Governo britânico acredita que com esta medida os programas ambientais deverão receber mais cerca de 150 milhões de libras e recompensar os agricultores que mais promovem a biodiversidade e a qualidade do solo, da água e do ar.

Ouvido pela BBC, o secretário do Ambiente do Reino Unido, defendeu que “no passado colocámos enfase em tentar gerar uma agricultura que acabava por negligenciar o ambiente. Agora o balanço mudou (…) Não vamos dar dinheiro [aos agricultores]simplesmente com base no facto de ter uma grande propriedade. Só vamos dar dinheiro se estiver a contribuir para o ambiente, garantindo que há menos cheias, garantindo que há habitats para as espécies que valorizamos, garantindo que a água e os nossos rios estão mais limpos e que o nosso ar é mais puro.”

A National Farmers Union, uma das associações que representa os agricultores no Reino Unido, já veio entretanto pronunciar-se e referir que esta medida não deve recompensar “apenas os programas ambientais”.

Minette Batters, presidente da organização, refere que “os alimentos têm sido tomados como garantidos por muito tempo e agora é altura de os levar a sério”. De acordo com a organização, é importante garantir que os agricultores e produtores pecuários também recebem incentivos por implementarem melhorias ao nível do bem-estar animal ou novas tecnologias.

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