Altri assina contratos de investimento com o Estado

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O Grupo Altri assina esta segunda-feira (16 de janeiro) contratos de investimento com o Estado português, através das subsidiárias Celbi e Celtejo. De acordo com a Lusa, a assinatura destes contratos será presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e irá traduzir-se num investimento de 125 milhões de euros.

O grupo português Altri dedica-se à produção de pasta de papel nas suas três unidades – Caima, em Constância, Celtejo, em Vila Velha de Ródão, e Celbi, na Figueira da Foz – e desenvolve também atividade na gestão da floresta.

Os contratos que agora serão assinados correspondem a investimentos de 40 milhões de euros na Celbi e 85 milhões de euros na Celtejo, e permitirão tornar os processos de produção de pasta de papel mais eficientes e aumentar a capacidade instalada.

A Altri exporta cerca de 95% da sua produção para a Europa, mas também para a China e resto do mundo, e tem um volume de vendas que ronda os 665 milhões de euros.

A Associação de Promoção ao Investimento Florestal (Acréscimo) emitiu entretanto um comunicado em que contesta a assinatura destes contratos. “Não que a Acréscimo se oponha a apoios de Estado à indústria, mas reserva-se o direito, e mesmo o dever, de contestar os critérios subjacentes a tais apoios, concedidos a partir do Orçamento viabilizado pelos impostos pagos em Portugal. Assim, seria importante que o Governo esclareça a opção por esta via, em detrimento da utilização do mesmo capital público noutro tipo de investimentos, mesmo em setores silvo-industriais, mas com maior empregabilidade, com menores rácios de volume de investimento por posto de trabalho criado (aqui na ordem dos 8 milhões de euros por posto criado), ou mesmo de menores rácios de volume de negócios por posto de trabalho efetivo, com produtos de maior valor acrescentado, com maior impacto na economia nacional e menor risco para o território, incluindo os solos, os recursos naturais, bem como as emissões poluentes para a atmosfera e para o meio aquático”, refere.

Para além disso, a Acréscimo defende que “não é a primeira vez que um Governo do Partido Socialista, em nome de todos nós, oferta fábricas de pasta celulósica e de papel a grupos empresariais que protege da concorrência externa e que revelam menosprezo pelo Território e pelas populações rurais.”

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