A eficiência energética na agricultura de precisão: a experiência da AtlanticGrowers

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O Grupo Atlantic está presente em Portugal desde o ano de 2001, estando as situas instalações situadas na localidade do Malavado, concelho de Odemira.

Por Atlantic

Este Grupo tem vindo, desde o seu início, a adotar uma estratégia com enfoque na inovação, na qualidade e excelência dos seus produtos e na promoção da eficiência energética, tendo em vista o crescimento sustentado da sua atividade. De facto, tal estratégia tem permitido ao Grupo alcançar importantes vantagens competitivas e, desta forma, posicionar-se como um dos principais players no mercado europeu.

A produção é realizada em estufas de vidro que ocupam uma área de 18,8 hectares e visa a satisfação de nichos específicos do mercado mediante a produção de variedades exclusivas, como é o caso de um mini pimento cor-de-laranja, doce e altamente nutritivo (possui três vezes mais vitamina C do que a laranja), e novas variedades de mini tomate. Os produtos do Grupo Atlantic são comercializados em diversos países da Europa.

O Grupo Atlantic atua continuamente ao nível dos impactos ambientais e sociais resultantes da sua atividade. Com efeito, os processos estão continuamente a ser ajustados de forma a usar a tecnologia em contínua evolução para conseguir a máxima eficiência produtiva, elevada eficiência energética e uma utilização eficiente do espaço, assegurando a compatibilidade dos mesmos com as normas ambientais e de higiene e segurança no trabalho.

O Grupo Atlantic faz a chamada agricultura de precisão. A produção é integralmente realizada em hidroponia e utilizando a proteção integrada. Em termos energéticos é utilizada uma central de tri-geração, isto é, uma central que, através da combustão de gás natural, produz (1) corrente elétrica, que é injetada na rede pública; (2) energia calorífica, dissipada pelo motor e usada para aquecer água a 90ºC, que é utilizada para manter a temperatura ótima dentro da estufa em qualquer momento do dia; (3) gases de escape, nomeadamente CO2, utilizado para manter constantes, durante o dia, os níveis desse gás, essencial para o processo de fotossíntese na eco-estufa e que será consumido na totalidade pelas plantas. Esta central de tri-geração tem uma eficiência de cerca de 97%, uma vez que aproveita praticamente toda a energia disponível no gás natural, sob a forma de energia elétrica, energia calorifica e CO2. Em contraponto, uma central de cogeração tradicional tem uma eficiência de aproximadamente 60%.

Podemos dizer que o “clima” é considerado o fator global mais importante na produção agrícola, pois fatores como a temperatura, a humidade, a luz solar e o dióxido de carbono intervêm nas funções vitais das plantas. Tendo em conta esse facto, o Grupo Atlantic tem um programa de controle de clima que é parametrizado por forma a controlar ou “dar ordens” para promover as alterações necessárias dentro da eco-estufa e no sistema de rega. Isto permite ter, em cada ponto da eco-estufa e para cada variedade em produção, as condições ideais de temperatura, luz, dióxido de carbono, humidade do ar e quantidade de água e nutrientes disponíveis para cada variedade.

Referem-se alguns exemplos concretos que ilustram a importância da Eficiência Energética Global na produção hortícola do Grupo Atlantic:

· Sistema de rega gota a gota: o sistema é composto por vários sensores e equipamentos, ligados ao programa de clima, que permitem aferir a quantidade de água e nutrientes necessária a cada planta, em cada momento. Este sistema é fechado, o que significa que não existem desperdícios, quer de água quer de nutrientes. Tudo é aproveitado no ciclo produtivo. A solução (água mais nutrientes) para cada variedade é preparada em cada momento de rega de forma automática e de acordo com instruções do programa de clima. O programa de clima, por sua vez, está parametrizado para “tomar” decisões com base em informações, de diversos parâmetros, que está a receber continuamente de cada linha da estufa.

(Continua)

Nota: Este artigo foi publicado na edição n.º 29 da Revista Agrotec, no âmbito do Dossier Horticultura no Sudoeste Alentejano.

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