Vespa velutina: Governo defende que o plano de controlo está a resultar, veterinários colocam plano em causa

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A presença da vespa velutina – mais conhecida como asiática – em Portugal já motivou, segundo a Guarda Nacional Republicada (GNR) mais de 500 denúncias de cidadãos durante o ano de 2019. Os dados demonstram que a sua presença em território nacional está a aumentar.

A vespa velutina foi registou avistada pela primeira vez, no território nacional, em 2011, em Viana do Castelo. Adaptando-se aos espaços que lhe são oferecidos para polinizar e nidificar, a espécie tem vindo a ser encontrada em algumas regiões do Sul, incluindo em Lisboa.

No passado dia 20 de setembro, o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural garantiu que o plano para vigilância e controlo da vespa asiática em Portugal tem registado uma elevada eficácia. Até junho de 2019, já foram destruídos quase 6000 ninhos. O governo considera assim que os resultados vão continuar a ser positivos no futuro.

Além do plano, o Ministério lembra que foi adotado um manual de boas práticas e que os cidadãos devem alertar as autoridades sempre que avistarem um potencial ninho.

Apesar das declarações governamentais, a ANVETEM (Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios) afirmou que os métodos indicados pelas autoridades para destruir os ninhos não são eficazes, contrariando a posição tomada pelo Ministério da Agricultura.

Em declarações à TSF, Ricardo Lobo, membro da associação, afirma que «se um município decide fazer um combate sério e sistemático e o do lado não faz nada, no ano seguinte o primeiro está de novo cheio de ninhos de vespa asiática», criticando assim o plano de combate a nível municipal implementado.

Além disso, colocou em causa o manual de boas práticas difundido pelo Governo. «Os métodos que nos foram apresentados não são os mais adequados e alguns deles não são exequíveis», isto devido a deslocações complicadas e outras questões.

O veterinário realça ainda que existem «municípios com experiência nesta área desenvolveram métodos que também respeitam o ambiente com moléculas mais efetivas que aquelas que nos autorizam a usar».

A questão da vespa asiática tem vindo a ser muito debatida durante o último ano. Recentemente, a APIMIL (Associação Apícola de Entre Minho e Lima) acusou as entidades governamentais de só se preocuparem com a propagação da espécia porque esta chegou à capital, afirmando que o Alto Minho iniciou sozinho o combate à praga.

A vespa asiática está a espalhar-se por todo o país e é uma espécie agressiva quando comparada com outras.

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Fonte: Agrotec

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