UE coloca travão às importações de carne brasileira

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O escândalo rebentou no final da semana passada quando a polícia federal do Brasil realizou uma operação para recolher provas de que uma organização criminosa estaria a operar no país para vender carne ilegal e produtos estragados para outros países. De acordo com dados do INE, em 2016, Portugal importou de forma direta cerca de 524 519 quilos de carne do Brasil, mas o Ministério da Agricultura já confirmou que todas as remessas de produtos de origem animal provenientes do país foram submetidos a controlos de identidade e nenhum foi classificado como “não satisfatório”.

A fraude detetada pelas autoridades do Brasil abrange 21 estabelecimentos de produção de carne, quatro dos quais “estavam autorizados a exportar para a União Europeia”. A Comissão Europeia já emitiu entretanto um comunicado em que indica que todas as empresas envolvidas estão impedidas de exportar para a UE.

“A Comissão está informada sobre a investigação que decorre no Brasil e pediu, na sexta-feira (17 de março), clarificações às autoridades brasileiras”, referiu o porta-voz executivo comunitário para a saúde, Enrico Brívio.

A Comissão Europeia já revelou também entretanto que pretende garantir que “todas as empresas envolvidas na fraude estão impedidas de exportar para a União Europeia”, tendo já pedido que os Estados-Membros que aumentem os controlos sobre a carne proveniente do Brasil.

Durante 2016, foram exportadas 853 000 remessas de produtos de origem animal do Brasil para a União Europeia, 184 das quais apresentaram “não conformidades” (0,02%) detetadas pelas autoridades dos países importadores. A maior parte dessas “não conformidades” não eram de natureza sanitária, tratando-se, por exemplo, questões de rotulagem e preenchimento de certificados, refere a DGAV em comunicado.

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