Setor primário em destaque na PORDATA

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A Pordata celebra o seu 9º aniversário com a entrada, na base de dados Pordata Municípios, do novo tema “Agricultura e Pescas”.

Com este novo tema, a Pordata Municípios passa a contar com 15 temas e quase 800 quadros estatísticos, sempre baseados em dados produzidos por entidades oficiais com competências nas respectivas áreas.

Neste caso, os dados do tema “Agricultura e Pescas” têm como fontes oficiais o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e todos os quadros estão, naturalmente, acompanhados pela meta-informação respetiva, a qual inclui os conceitos, as fórmulas de cálculo dos indicadores e as descrições relevantes à compreensão dos dados estatísticos apresentados.

«Ninguém pode dizer-se distante ou indiferente em relação aos assuntos da agricultura e das pescaspois, a começar pela alimentação, estas áreas ocupam um lugar essencial na vida de todos nós. A Pordata alarga, assim, o conhecimento rigoroso sobre a sociedade portuguesa, penetrando na produção agrícola e piscatória do país através das suas regiões, pois Portugal é um país com fortes assimetrias internas» refere a Diretora da PORDATA, Maria João Valente Rosa.

O novo tema “Agricultura e Pescas” da Pordata Municípios, apresenta dados para todos os municípios e regiões de Portugal, que se iniciam, sempre que possível, entre as décadas de oitenta ou de noventa do sec. XX, e se prolongam até à atualidade. São 26 novos quadros, com informação organizada em quatro grandes áreas:

– Pescas – inclui dados sobre o número de embarcações e pescadores, toneladas e receitas dos peixes transacionados em lota por principais espécies.

– ProduçãoVegetal – inclui dados sobre a superfície, produção e produtividade das principais culturas agrícolas, superfície das principais árvores de fruto e oliveiras, lagares e azeite produzido;

– Contas Económicas da Agricultura – inclui dados sobre o valor acrescentado bruto, formação bruta de capital fixo, transferências de capital, rendimento empresarial líquido e produção do ramo agrícola;

– Salários – inclui dados sobre a remuneração e ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrém da Agricultura e Pescas por sexo e nível de qualificação, disparidade salarial entre sexos por nível de qualificação;

Após apublicação dos dados do Recenseamento Agrícola de 2019, a Pordata acrescentará duas outras áreas ao tema Agricultura e Pescas com dados relativos aos últimos quatro anos de recenseamento agrícola (1989, 1999, 2009 e 2019) sobre:

– Superfície Agrícola Utilizada – com quadros relativosao tipo de utilização da superfície agrícola, à dimensão das explorações agrícolas e às explorações por conta própria ou arrendadas;

– Emprego na Agricultura – com quadros relativos à mão-de-obra agrícola, aos dirigentes e aos produtores agrícolas.

Os dados mostram, por exemplo, que:

  • Nos últimos 8 anos, Portugal aumentou em 14% a sua produção vinícola sendo a região do Douro que mais produz vinho tinto, rosado ou branco. Contudo, por municípios, os maiores produtores de vinho não estão no Douro. Em 2017, os municípios que mais produziram vinho branco em Portugal foram Almeirim (11% do total produzido), Penafiel e Felgueiras (6%). Quanto à produção de vinho tinto ou rosado, destacam-se os municípios de Torres Vedras (9% do total em 2017), Alenquer e Palmela (5%).

  • Entre 2001 e 2017, o número de pescadores em Portugal diminuiu 25%. Este decréscimo ocorreu em todas as regiões do país, sendo o Algarve a região que registou a redução mais acentuada (menos 56% de pescadores entre 2001 e 2017).

  • A produção de azeite triplicou nos últimos 20 anos. O Alentejo continua a ser a região que mais produz azeite, tendo ultrapassado a região Centro e a região Norte desde 2009. O Alentejo, por si só, triplicou a sua produção entre 2010 e 2017. No último ano, a produção de azeite no Alentejo correspondeu a 74% da produção total do país.

  • A disparidade salarial entre sexos também se aplica ao sector da “agricultura e pescas”: nos últimos 30 anos as mulheres trabalhadoras por conta de outrem receberam, em média, menor salário que os homens. Em 2016, as mulheres trabalhadoras neste sector receberam, em média, menos 14% por mês que os homens.

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