Portugal já soma 2800 hectares de produção de kiwi

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A produção de kiwi em Portugal está a crescer, estimando-se que existam já no país cerca de 2800 hectares dedicados à produção deste fruto. Este e outros números foram conhecidos durante o IX Simpósio Internacional do Kiwi, realizado no início do mês, onde estiveram em debate novos caminhos para o setor e o crescimento sustentável da produção.

Para o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, que marcou presença na sessão de abertura, “Portugal, ao acolher um evento internacional desta dimensão, demonstra a visão holística que tem do seu território, porque no contexto atual é cada vez mais importante gerir melhor o capital natural e olhar de forma mais inteligente para o capital produzido”.

A Península Ibérica está na sexta posição do ranking dos maiores produtores mundiais de kiwi e, nos últimos dois anos, Portugal aumentou a sua área de pomares em cerca de 500 hectares, estimando-se que a existam agora 2800 hectares de produção, com uma produção de 28 000 toneladas, das quais cerca de 15 000 toneladas são exportadas para Espanha, Brasil, Marrocos e Reino Unido.

Durante o simpósio, foram abordadas ainda questões como a qualidade na produção, onde foi possível perceber que têm vindo a ser lançadas cada vez mais variedades comerciais do fruto. “O lançamento comercial de novas variedades decorre a ritmo acelerado e é dominado por marcas de ‘clube’, ou seja, as patentes de venda das variedades são detidas por empresas que controlam toda a cadeia de valor, desde os produtores admitidos até ao marketing do produto. O consumidor e as suas preferências devem ser considerados para o sucesso comercial de uma variedade, no entanto, é preciso implementar um sistema de qualidade da fruta que conquiste e mantenha a confiança das grandes cadeias de supermercados, que são em última análise quem decide o que é vendido nas suas prateleiras”, conclui a organização do simpósio.

Para além disso, foi dado a conhecer que neste momento existem investigadores da Universidade do Algarve a desenvolver uma tecnologia não invasiva para acompanhar a qualidade do kiwi desde a colheita ao ponto de venda, usando dispositivos com luz infravermelha próxima (NIR), que realiza uma impressão digital do interior da fruta sem a danificar.

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