Os novos negócios no Interior do país

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Fomos à procura de projetos que estejam a fazer ‘mexer’ o interior centro e norte. Os que decidimos destacar sobressaem pela aposta na sustentabilidade (alguns em Modo de Produção Biológico), em produtos, formas de consumo ou embalagens inovadoras, mas também pela recuperação de variedades tradicionais, agora integradas numa agricultura moderna e com os olhos postos no mercado.

Desde a cereja ao queijo, passando pelo azeite, a castanha, a amêndoa, os hortícolas, a fruta de caroço, as sementes e o goji, todos os projetos que aqui apresentamos têm em comum serem no interior Centro ou Norte e, na maioria, de jovens (ligados ou não por laços familiares à agricultura nestas regiões) e que quiseram fazer algo diferente.

Estas empresas têm em comum a necessidade de apostarem em formas diferentes de fazer agricultura – biológica, sustentável – ou em produtos inovadores, para conseguirem ser competitivos no mercado, uma vez que, por estarem no interior, têm custos mais elevados. “Os nossos produtos estão a cerca de 150€ de carro dos principais pontos de venda, isto é de Lisboa, do Porto e de Espanha”, lembra Paulo Campos, diretor da Hortas D’Idanha, uma empresa que começou por ser dinamizada pelo município de Idanha-a-Nova e que hoje é totalmente privada, apostando no último ano principalmente no Modo de Produção Biológico (MPB). “Quisemos capitalizar o facto do concelho ser, até agora, a única ‘Bio Região’ nacional, integrando a rede internacional de territórios sustentáveis”, adianta.

Estando no interior, frisamos, todavia, que a maioria estes projetos dependeu da disponibilidade de água para poderem avançar e prosperar.

Queijos DOP da Beira Baixa

Apesar de a cereja ser, talvez, o produto agrícola mais ‘emblemático’ da Cova da Beira em geral, a produção de queijo tem um impacto muito grande na economia local. “O queijo já foi o setor mais importante da agroindústria local e ainda é o segundo, a seguir à cereja”, diz-nos Daniel Amarelo, gerente da Damar, que há 25 anos se dedica à produção de queijos típicos da Beira Baixa, seguindo as pisadas dos pais e avós.

Daniel Amarelo, gerente da Damar, empresa que produz 1800 queijos por dia no Fundão

A empresa produz queijos de ovelha, cabra e vaca nomeadamente os Queijos DOP da Beira Baixa – de Castelo Branco, Amarelo e Picante –, entre outros. “Hoje temos 34 colaboradores e fazemos uma média de 1.800 queijos por dia”, afirma o responsável, adiantando que “vendemos para todas as cadeias de supermercados, mas também a estabelecimentos de comércio tradicional e temos uma loja de venda ao público aqui nas nossas instalações”, na zona industrial do Fundão.

Para defender a produção dos queijos com DOP da região – que Daniel considera “muito importante para preservar a identidade, tradição e qualidade, valorizando o produto local” – a Damar em conjunto com outros produtores formaram uma associação de produtores de queijos da Beira Baixa (que tem hoje a responsabilidade destas DOP), “quando a Cooperativa da Idanha faliu”.

Sobre a produção de queijos DOP, o gerente lamenta que “muitas vezes os compradores das grandes superfícies não percebam que a produção destes queijos, principalmente do Picante, tem cura de cerca de 60 dias, não podem por isso ser vendidos ao mesmo preço dos outros”, por isso, adianta: “Já muito pouca gente faz queijo Picante, porque não dá lucro”.

Com ou sem DOP, todos os queijos são feitos com leite cru nacional “e são todos salgados e cintados, ficando a curar nas câmaras entre 45 a 60 dias”, explica Daniel Amarelo.

Para valorizar o produto, a aposta da Damar será, cada vez mais, a exportação, para onde já vai entre 25 a 30% da sua produção.

Cereja: a Rainha do Fundão

Devido ao trabalho de várias entidades, com destaque para a Câmara Municipal do Fundão, a cereja tornou-se na rainha da região e hoje quando se fala em cereja a maioria dos consumidores associa-a à marca ‘Cereja do Fundão’.

A organização da produção teve também um papel fundamental na valorização do produto junto das cadeias nacionais, onde é maioritariamente comercializada.

A Cerfundão é a principal organização de produtores de cereja (e outros frutos) e o diretor Filipe Costa explica-nos que “trabalhamos com cerca de 1000 toneladas de cereja em fresco anualmente, embora este ano, devido às más condições na primavera, a produção tenha baixado para cerca de 650 mil toneladas e temos 25 sócios produtores, também de pêssego, ginja, figo, pera, maçã e mirtilo”.

A cereja pesa mais de 60% na faturação da OP e o pêssego cerca de 30%.

Como principais dificuldades de fazer agricultura no interior o diretor da Cerfundão salienta “o custo de transporte e dos fatores de produção, que são muito mais competitivos no litoral”, embora, acrescenta: “A nossa organização venda fatores de produção aos nossos associados, conseguindo melhores condições ao agregar a compra dos produtos”.

Filipe Costa salienta que “a OP paga a produção por qualidade e calibre, garantindo o escoamento do produto com a maior valorização possível”. No caso da cereja, a Cerfundão também congela o fruto (depois de descaroçado) para venda a diversas empresas agroalimentares que nos últimos anos têm vindo a criar produtos com ‘Cereja do Fundão’ (bombons, pastéis, gin, chá, entre outros).

Quinta Victória: Voltar à terra

Também produtor de cereja, mas igualmente ginja, figos, ameixa e marmelo, José Caria foi fotojornalista em Lisboa durante 18 anos e aos 44 anos decidiu voltar à terra. Não propriamente à sua (Orca, Fundão), mas vendeu a casa de Lisboa e comprou uma quinta de dois hectares, com disponibilidade de água, ali perto em Catrão. Uma Quinta a que deu o nome da filha: Victória, onde “também tenho oliveiras centenárias”, conta-nos.

José e a esposa, também desempregada, decidiram embarcar nesta aventura e estão já a trabalhar para “passar para a produção biológica”, seguindo os concelhos do técnico da recente associação Guarda-Rios, de jovens produtores.

“Vamos plantar mais cerejeiras e ginjeiras, olival semi-intensivo, romãs e ameixas e, à parte do projeto, limoeiros”.

Como ainda tem pouca produção de cereja, uma vez que as árvores têm apenas três anos, na campanha deste ano vendeu tudo em Lisboa, mas “no próximo ano já espero ter uma produção de cerca de sete toneladas” e sublinha: “Temos a vantagem de, como estamos do outro lado da serra, conseguirmos antecipar a colheita em cerca de 15 dias em relação às zonas de maior produção de cereja, como Alcongosta e Ferro”.

Pêssegos para a Compal e não só

Ricardo Tojal, o irmão Joaquim Tojal e a prima Catarina Tojal, juntaram-se para produzirem fruta de caroço no concelho do Fundão, na Quinta do Prado Vasco. Originários de uma família com forte tradição na produção de fruta na zona de Moimenta da Beira, Lamego e Trancoso, “o meu avô teve a primeira câmara frigorífica na região”, diz-nos o arquiteto Ricardo Tojal, explicando que “já há algum tempo que a família queria avançar para a produção de fruta de caroço, para rentabilizar as infraestruturas na altura em que não temos maçã, e procurámos em vários locais, como na região de Alqueva, mas esta quinta com 200 hectares e disponibilidade de água, da Barragem da Cova da Beira, pareceu-nos a melhor opção, também devido às condições edafoclimáticas e à tradição de produção destas frutas aqui na região, havendo, por isso, saber acumulado”.

Quinta do Prado Vasco, uma propriedade com 200 ha onde a família Tojal aposta em fruta de caroço

Os jovens decidiram apostar numa produção algo diferente, plantando 30 hectares de cada espécie: pêssego, nectarina e ameixa, mas de 32 variedades diferentes, para perceberem quais as melhores opções.

Entretanto, o projeto de Ricardo Tojal (todos fizeram candidaturas separadamente), ganhou uma bolsa da Academia de Frutulogia da Compal, tendo assim a possibilidade de fazer um curso e de fornecer a empresa com pêssegos para a produção de sumo, “o que é muito interessante porque já tenho a fruta vendida antes de a ter na árvore, mas não podemos vender só à Compal”.

A plantação ainda só vai no segundo ano, por isso “vendemos a fruta em fresco em mercados locais da região norte e, nesta altura, estamos preocupados em formar árvores e até deitámos muita fruta para o chão para aumentar os nutrientes disponíveis para as plantas”.

A prazo “o objetivo é vender a produção através de uma OP ou diretamente para um grupo internacional, que já nos contactou”, afirma Ricardo Tojal.

Azeite: Grandes e muito pequenos produtores

Falando agora de azeite, o interior (tal como o resto do País), continua a ter muitos pequenos produtores e outros projetos bem maiores, como o Fio da Beira, em Castelo Branco.

Antes de falarmos da visita que fizemos à produção do Fio da Beira queremos referir um projeto dinamizado pela Câmara de Idanha-a-Nova e pela Associação de Desenvolvimento Local de Proença-a-Velha – a Proençal – bem como o Museu do Azeite e a Junta de Freguesia da mesma localidade. Na campanha de 2016/2017 (e está a repetir-se na campanha em curso), o município contratou o serviço de um lagar móvel certificado para fazer a extração do azeite resultante de azeitonas em produção biológica uma vez que a maioria vem de pequenos produtores e que na região não havia lagares para dar resposta a esta produção.

“O azeite é um setor com grande potencial aqui na região e assim conseguimos dar resposta a 12 produtores de azeite biológico e mais alguns de produção convencional”, cuja extração foi feita de forma separada, explica à VIDA RURAL Francisco Silva, presidente da direção da Proençal, acrescentando que “produzimos no ano passado, neste lagar, 60 toneladas de azeite bio e 80 de convencional, tudo proveniente de pequenos produtores”. Para isso, a Proençal teve de se registar para ser entidade produtora de azeite, porque, além deste lagar móvel é também responsável pela unidade produtiva do Museu “que já tem um plano para podermos criar também aí uma linha certificada de raiz”.

Aposta em cultivares autóctones

O projeto Fio da Beira, a curto prazo, terá cerca de 600 ha de olivais intensivos regados de variedades tradicionais autóctones, como a Galega (40%) e a Cobrançosa (60%), que vão buscar a Trás-os-Montes: “a aposta foi precisamente fazer um azeite com variedades locais que sempre existiram aqui na região”.

Quem nos recebe é João Domingos, diretor de produção, uma vez que o proprietário (empresário ligado à construção civil, originário da região) gosta de ficar no anonimato, que nos conta que o projeto começou em 2006 e tem a vertente de produção de azeite e de azeitona de conserva (vendida para embaladores).

A rega provém de várias barragens construídas nas diversas propriedades que o grupo tem vindo a adquirir na região, “fazemos produção integrada e em todos os nossos olivais semeamos enrelvamento especial na entrelinha ao terceiro ano, para fixar o CO2, uma vez que queremos certificar a nossa empresa em termos de pegada de carbono”.

O azeite Fio da Beira é vendido maioritariamente no mercado nacional mas também já chega além-fronteiras. “Temos alguma dificuldade em exportar devido aos custos de transporte porque algumas lojas pedem-nos quantidades muito pequenas pelo que os custos são muito altos”, refere o diretor de produção, adiantando que “a nossa produção também ainda não é elevada, tivemos cerca de um milhão de kg no ano passado, porque estamos a colher apenas em cerca de 350ha”.

Produtos tradicionais com estratégia inovadora

Um pouco mais para norte, em Trás-os-Montes, Edgar Morais juntou-se com dois outros jovens agricultores, André Teixeira e Daniel Lopes, todos com ligações familiares à agricultura, na criação da associação de produtores Soresa, que tem uma área de mais de 70 hectares.

“Produzimos e comercializamos castanha (sob a marca UMA), amêndoa, azeite, goji e mel, tudo em produção biológica ou integrada e o nosso ex-libris é a sustentabilidade”. Um ex libris que levam muito a sério, prova disso é que “estamos a exportar o nosso azeite, Caixeiro, para o Reino Unido, França e Holanda, mas o transporte é feito por barco à vela”.

Também nas embalagens, a Soresa tem a preocupações ambientais e “como somos nós que fazemos tudo [Edgar é designer…] conseguimos reduzir os impactes”, afirma o responsável, acrescentando que “apostamos numa inovação vertical: no campo, na embalagem, nos processos e na pegada ecológica”.

Edgar Morais conta-nos que “temos uma paixão muito grande pelo que fazemos e gostamos de a mostrar, por isso trazemos cá clientes para experienciarem o nosso projeto connosco, clientes que têm uma filosofia de sustentabilidade como a nossa”.

À parte deste projeto, Edgar Morais faz também parte dos Young EVOO Producers (YEP) – um grupo de pequenos produtores de Azeite Virgem Extra (Extra Virgin Olive Oil – EVOO) de Trás-os-Montes que se juntou para promover e comercializar os seus azeites.

Sementes e hortícolas em produção biológica

A declaração de Idanha-a-Nova como Bio Região integra-se na estratégia do município de impulsionar a produção biológica no concelho e fruto disso, entre muitos outros pequenos produtores que já existiam e têm vindo a surgir, estão dois projetos que quisemos destacar: Hortas D’ Idanha e Sementes Vivas.

A Hortas D’Idanha, como já referimos no início deste artigo, tem apostado, principalmente no último ano, na produção biológica, “embora ainda tenhamos muitos associados com produção convencional, o número dos que aderem ao MPB é cada vez maior”, refere Paulo Campos.

A aposta deve-se não só ao estímulo da autarquia mas porque “cerca de 70 a 80% dos produtos biológicos consumidos no mercado nacional são importados”, por isso “o nosso foco é esta produção onde conseguimos maior valorização do produto, maior sustentabilidade na produção e somos competitivos, tendo também produtos com maior sabor”, afirma.

A empresa tem 69 associados nos concelhos de Idanha-a-Nova, Fundão e Penamacor, que produzem couves diversas (lombardo, coração, brócolos, flor, galega), mas também abóboras e espinafres, que vendem em fresco a granel ou em IV gama “lavadas, cortadas e embaladas, já prontas a irem para a panela”, para além de cereja, pêssego e ameixa.

Única produtora de sementes bio da ibéria

A Sementes Vivas, com sede também na Idanha, é um projeto de Paulo Martinho, originário da região, com dois sócios: um holandês e outro alemão.

Paulo Martinho explica-nos que “a ideia surgiu quando estava a estudar na holanda com o Micha Grönewegen, que é o nosso melhorador, uma vez que existe apenas uma meia-dúzia de empresas na Europa que produzem sementes biológicas, e a nossa é a única na Península Ibérica”. Ao projeto juntou-se também o sócio investidor alemão, Stefan Döblin.

A empresa está instalada na Herdade do Couto da Várzea, uma propriedade estatal cedida ao município da Idanha para a instalação de produtores locais.

“Produzimos ao ar livre e em estufa e temos também contratos com cerca de 30 produtores de todo o País para produzirem sementes para nós”, conta Paulo Martinho, adiantando que “estamos mais focados em tomate, pimento, beringela, melão, melancia e meloa, mas também abóboras, todas as brássicas e alfaces, num total de cerca de 200 variedades”. A empresa começou a produzir em 2016 e “ hoje já somos 30 pessoas. Controlamos a cadeia de valor da semente: fazemos melhoramento – principalmente de variedades tradicionais autóctones que não foram desenvolvidas para a produção bio –, produção, processamento e venda a distribuidores/pontos de venda ao consumidor final”.

A aposta tem sido principalmente no mercado hobby farmer, ou seja para o mercado não profissional. “Estamos em cerca de 300 pontos de venda em todo o País e apenas vendemos diretamente a alguns agricultores aqui da região, mas no próximo ano já esperamos estar a produzir mais quantidade das nossas sementes de alta qualidade e aí já poderemos começar a apostar no mercado profissional”.

Paulo Martinho conta-nos que a Sementes Vivas está já a expandir-se para Espanha, “onde temos uma filial com quatro pessoas, apostando no hobby farmer, mas também no mercado profissional, além disso também somos produtores para algumas empresas do norte da Europa, a quem entregamos as sementes já embaladas”. A produção de sementes bio é uma área que está em grande crescimento porque há poucas empresas e a agricultura biológica tem vindo sempre a crescer.

2.000 hectares de amendoal super e intensivo

Não é só a região de Alqueva que está a atrair a produção de amêndoa: o projeto Veracruz está a plantar 2.000 hectares numa primeira fase (cinco anos) e na fase seguinte espera chegar aos 5.000 hectares.

Gustavo Ramos, diretor-geral da empresa explica-nos que “acabámos de plantar 270 hectares na zona do Fundão e estamos já a preparar 400 hectares de terrenos na Idanha para novas plantações”. O responsável refere que “a primeira fase do projeto inclui também uma unidade de descasque e processamento da amêndoa, cuja localização ainda não está definida podendo ser no Fundão, em Idanha-a-Nova ou em Castelo Branco” e adianta: “nesta primeira fase tudo com recurso a fundos próprios e na segunda recorrendo então a investidores, com quem já se estabeleceram contactos”.

A empresa Veracruz está a plantar 2000 ha de amendoal na região

O projeto foi criado por dois sócios – o brasileiro David Carvalho (mas também com origens portuguesas) e o português Filipe Rosa e tem já comprados na região 1.200 hectares, e em vista mais alguns terrenos para compra em 2019.

As variedades escolhidas são para estes amendoais intensivos e superintensivos são tardias – Soleta, Lauranne, Guara e Belona – e uma extra tardia (Penta) “porque a região é suscetível a geadas tardias”.

O diretor-geral adianta que “a produção destina-se principalmente a exportação mas nada impede que se venda também em Portugal”.

Agro IoT Centre

As startups que produzam tecnologia aplicada à produção agrícola na região do Fundão vão ter em breve um espaço onde poderão testar os seus produtos no campo em condições reais. O Agro IoT Centre é um projeto que se enquadra na estratégia da autarquia de “criar um ecossistema favorável à inovação”, explica à VIDA RURAL Ricardo Gonçalves, coordenador do Gabinete de Inovação e Investimento do município do Fundão. “Tendo em consideração a importância económica do setor agrícola no concelho, apostámos em atrair mais investimento e também inovação para o setor, afirmando o Fundão como território Laboratório do Mundo Rural, mas não só”.

Nesta altura, já há algumas empresas desta área na incubadora do município – o Fab Lab – e que estão a testar algumas tecnologias em contexto real com alguns produtores da região, mas o Agro IoT Centre só irá avançar mais concretamente após a Web Summit, “uma vez que ainda temos de fechar algumas parcerias estratégicas”.

O projeto irá avançar nas instalações e terrenos do antigo seminário, com cerca de 20 hectares,que a Câmara Municipal do Fundão arrendou há cerca de seis meses, “onde estão já a ser preparados campos experimentais para experimentação de tecnologias em ambiente real”, afirma Ricardo Gonçalves, adiantando: “Esperamos que, além de tecnologias que já existem, como sensores ou estações meteorológicas, possamos conseguir uma ‘democratização’ do acesso a estas tecnologias pelos pequenos produtores locais, com as startups a avançarem com soluções caso a caso para problemas que os produtores lhes apresentem”.

O responsável lembra ainda que todo o concelho do Fundão está já coberto por uma infraestrutura de telecomunicações, assente na tecnologia open source LoRa, que permite ter todos os sensores IoT interligados na mesma plataforma.

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