Consórcio europeu quer dar nova vida ao tremoço

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Foi criado no final de 2016 um novo projeto europeu – LIBBIO – de investigação aplicada que pretende melhorar e aumentar a produção do tremoço dos Andes (Lupinus mutabilis), assim como desenvolver novos processos de transformação industrial para dar ‘uma nova vida’ ao tremoço. A Lusosem e o Instituto Superior de Agronomia são parceiros deste consórcio europeu de investigação que pretende apostar no tremoço como opção cultural para ocupação de terras marginais na Europa.

De acordo com a Lusosem, devido às suas características, esta leguminosa tem “uma reduzida necessidade de fertilização e elevada capacidade de fixar azoto no solo. Na fase de obtenção e melhoramento da semente, os investigadores deverão selecionar variedades de tremoço (não-OGM) com elevado rendimento em silagem ou em semente, contendo mais de 20% de teor em óleo e mais de 40% de teor proteico. O recurso a modernas tecnologias moleculares permitirá acelerar o processo de obtenção das variedades. Na fase produtiva, o tremoço dos Andes será instalado como cultura de Primavera-Verão nos países do Centro e Norte da Europa e como cultura de Outono-Inverno nos países do Mediterrâneo, entre os quais Portugal.”

Para além disso, o projeto incluirá o desenvolvimento de novas tecnologias de transformação do tremoço à escala pré-industrial que visam retirar maior valor acrescentado do tremoço enquanto fonte de biomassa.

consórcio europeu LIBBIO - Vida Rural

“Os cientistas deverão isolar e caracterizar os diversos componentes desta leguminosa – óleos, proteínas, alcaloides, fibras solúveis – e avaliar o seu potencial como matéria-prima no fabrico de diferentes produtos. No final do projeto esperam obter protótipos que poderão ser desenvolvidos à escala industrial pelas empresas que integram o consórcio”, refere.

A primeira reunião deste consórcio decorreu na capital da Islândia, a 10 e 11 de outubro de 2016, e contou com os portugueses Filipa Setas e Gonçalo Canha, do Departamento de Desenvolvimento da Lusosem, e João Neves Martins e Ricardo Ferreira, investigadores do Instituto Superior de Agronomia.

A próxima reunião do consórcio decorrerá a 4 e 5 de abril na Grécia.

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