Clube de Produtores Continente: o melhor de Portugal

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Por Ondina Afonso | Presidente do Clube Produtores Continente

Valorizar e promover a produção nacional tem sido a missão do Clube de Produtores Continente desde a sua criação, há 20 anos.

Agregamos, dando dimensão e inovamos, transferindo conhecimento aos nossos produtores.

Temos atuado nas mais diversas áreas e os cereais entraram há dois anos na nossa agenda de trabalho por considerarmos essencial reduzir a dependência das importações e, simultaneamente, obter um produto de qualidade superior, dinamizando um setor adormecido em Portugal. Estabelecemos uma parceria sólida e ambiciosa com várias organizações de produtores de cereais.

Os cerealicultores sabem como fazer, a distribuição sabe o que o consumidor aprecia e este elo da cadeia não deverá nunca ficar fora de qualquer estratégia nacional para o setor.

Porém, na Medida 8 – Agenda de Inovação – da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais não está prevista a intervenção da Distribuição, enquanto agente fundamental da fileira. Porquê?

Analisemos em detalhe o trabalho desenvolvido pelo Clube de Produtores do Continente e pelo Clube de Produtores de Cereais de Qualidade.

O Clube de Produtores de Cereais de Qualidade através do seu presidente, Fernando Carpinteiro Albino, lançou o desafio e o Clube de Produtores do Continente acarinhou a ideia.

O objetivo era produzir uma farinha de qualidade superior a partir de cereais do Alentejo. Estabelecida a parceria, desenvolvemos uma experiência inicial, em 2016, com o lançamento do Pão de Cereais do Alentejo, à venda nas lojas Continente.

Os resultados foram estimulantes e encorajadores. Logo de seguida alargámos objetivos e em abril 2018 assinamos um contrato com seis organizações de produtores Alentejanos e que permitiu ao Continente comprar, para duas campanhas (2017/2018 e 2018/2019), cerca de 6.000 toneladas de trigo, envolvendo também uma moageira, que produz a farinha devidamente certificada por uma entidade externa.

Conseguimos concretizar assim um projeto firme de reconhecido mérito para todos e criámos uma alavanca económica essencial para o setor em Portugal.

Hoje podemos afirmar com orgulho que todos os pães de trigo produzidos no Continente são de trigo do Alentejo. Distribuição e produção encontraram uma fórmula adequada de dinamizar a economia, satisfazer o consumidor e estimular a inovação.

A acompanhar todo este processo, encontra-se o INIAV que disponibiliza anualmente a Lista de Variedades Recomendadas de cereais, permitindo a valorização constante da matéria prima de um bem essencial, como o pão.

Um exemplo de como a cadeia de abastecimento funciona e bem, desde que todos os agentes estejam envolvidos.

Nos próximos meses divulgaremos novas iniciativas desta parceria entre o Clube de Produtores Continente e o sector dos cereais de Portugal. Estamos decididos a prosseguir um caminho de qualidade, dinâmico e inovador.

Fica assim demonstrado que importa também considerar a distribuição como parte da fileira do agroalimentar. Todos somos essenciais para reduzir a dependência externa, consolidar e aumentar as áreas de produção, criar valor na fileira dos cereais e viabilizar a atividade agrícola em todo o território, conforme defende o documento da Estratégia Nacional para a

Promoção da Produção de Cereais, produzido recentemente pelo Grupo de Trabalho de Cereais e divulgado pelo Ministério da Agricultura.

Nota: Artigo publicado na edição impressa do Suplemento Grandes Culturas 11, no âmbito de vários trabalhos que publicámos sobre a Estratégia Nacional de Cereais.

Para aceder à versão integral, solicite a nossa edição impressa.

Contacte-nos através dos seguintes endereços:

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E-mail: marketing@agropress.pt

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