Castas de Portugal: Ramisco

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Casta autóctone portuguesa

Sinónimos Reconhecidos: Não existem.

A actual utilização para plantações desta casta é inferior a 0,1%.

Informação Viticert

Morfologia

Extremidade do ramo jovem: Aberta, com orla carmim de fraca intensidade, forte densidade de pêlos prostrados.

Folha Jovem: Verde com tons bronzeados, página inferior com forte densidade de pêlos prostrados.

Flor: Hermafrodita.

Pâmpanos: Estriado de vermelho, mais intenso nos nós, com gomos ligeiramente vermelhos.

Folha Adulta: Tamanho médio, pentagonal, com cinco lóbulos. Limbo verde médio, ligeiramente irregular, medianamente bolhoso. Página inferior com média densidade de pêlos prostrados e de pêlos erectos. Dentes médios e convexos. Seio peciolar com lóbulos muito sobrepostos, em V, seios laterais fechados, em U.

Cacho: Médio, cilindro-cónico, medianamente compacto. Pedúnculo de comprimento médio.

Bago: Arredondado, pequeno e negro-azul; película de espessura média, polpa de consistência média.

Sarmento: Castanho escuro.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fenologia

Abrolhamento: Tardio, 12 dias após a ‘Castelão’.

Floração: Tardia, 8 dias após a ‘Castelão’.

Pintor: Muito tardio, 17 dias após a ‘Castelão’.

Maturação: Tardia, duas semanas após a ‘Castelão’.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fisiologia

Porte semi-erecto. Vigor médio. Sensível ao desavinho.

Habitualmente cultivada em pé-franco.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Valor genético

Variabilidade intravarietal do rendimento ainda não estudado.

Prof. Antero Martins ISA

Casta classificada

Vinho Regional da Estremadura.

Nos DOC de Colares.

Informação Anuário IVV

Descrição geral

Esta casta tem uma história quase única em relação a todas as outras. Devido à sua técnica de cultivo histórica, tem sobrevivido até hoje à filoxera, que não conseguiu atingir as raízes. Há plantações históricas com mais de 100 anos. É plantada em solos de areia, abaixo de 4-8 m, perto do mar, em pé franco, em currais com condução rastejante no chão, técnica extremamente perigosa para os viticultores. Está protegida por currais ou paredes de cana. Em 1985, encontrou-se na região de Azenhas do Mar, uma planta com uma superfície de cerca de 100 m2, em condução rasteira.

Publicação Repsol/Prof. Loureiro

Descrição do vinho monovarietal

De verdadeiros “carrascões” enquanto jovens, transformaram-se em vinhos elegantíssimos, de cor rubi com reflexos acastanhados, aromáticos, de onde sobressaem notas de carne fresca, cogumelos, por vezes terra molhada, resina e madeira de cedro. Por trás da sua aparente fragilidade e da sua baixa graduação alcoólica, revela-se uma personalidade ímpar, que o tornou um dos mais originais e carismáticos vinhos portugueses (Loureiro, 2002). É tradicionalmente uma casta elementar, no entanto, poderá ser usada em lote com a Aragonez. Necessita de muitos anos de estágio, mas depois, apresenta um valor enológico muito elevado.

Qualidade do material vegetativo

Material policlonal garantia Porvitis e material em admissão à certificação JBP de saneamento meristemal (isento de GLRaV 3).

Alguns vinhos no mercado

Aranae e D’Areia da Adega Regional de Colares, CRL.

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