CAP diz que há “armadilha” no orçamento da nova PAC

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O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou na passada semana, à margem de uma conferência na Feira Nacional de Agricultura, que existe uma “armadilha” escondida na “linha descendente” do orçamento da Política Agrícola Comum (PAC).

Para Eduardo Oliveira e Sousa, a diminuição do financiamento para a agricultura na nova PAC é motivo de preocupação, já que se prevê que passe de cerca de 60% do orçamento da UE para “apenas 28%”.

“Sempre que há uma revisão, há uma diminuição do orçamento”, alerta o presidente da CAP, referindo ainda que “no dia em que a PAC se torne ‘desinteressante’ para os agricultores”, seja por uma diminuição dos apoios ou por “excesso de burocracia”, a mudança para um “mercado puro e duro” pode trazer consequências como a “menor qualidade dos produtos, menor segurança fitossanitária e dos alimentos, maior dependência de importações de países menos cuidadosos nas práticas culturais, perda de biodiversidade, abandono agrícola e mais desertificação, eventualmente mais fogos florestais, mais desemprego e maior concorrência com a sociedade urbana e metropolitana, maior pegada carbónica”.

A Comissão Europeia deverá propor para o segundo pilar da nova PAC um financiamento de cerca de 3,45 mil milhões de euros, o que poderá representar para Portugal um corte de 15,3% nos fundos para o desenvolvimento rural, conhecidos como o segundo pilar.

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