‘Agricultura do futuro’ poderá produzir alimentos com base na tecnologia RNAi

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Foi na passada semana que se realizou a terceira edição da conferência anual iPlanta, um evento promovido pelo Centro de Informação de Biotecnologia (CiB) e pelo Laboratório de Biotecnologia de Células Vegetais do ITQB Nova. Em debate esteve o futuro da agricultura e da produção de alimentos, nomeadamente a tecnologia RNAi, da Drozophilla Suzukii, uma mosca da fruta que é responsável pela perda de vários tipos de frutos e que não é possível controlar com pesticidas tradicionais.

Cerca de 120 investigadores, de 26 países, debateram, assim, “as potencialidades do uso de RAN de interferência (RNAi) na agricultura – seja por modificação genética seja por aplicação tópica de moléculas – e divulgaram os aspetos científicos e técnicos desta tecnologia, de forma a se efetivar a sua utilização na proteção das culturas agrícolas contra pragas e doenças.”

Foram ainda apresentadas novas estratégias para a utilização de pequenos RNA ou de RNA de cadeia dupla para o controlo de pragas e doenças em culturas agrícolas, assim como aspetos relacionados com a regulamentação e segurança destas tecnologias e o seu interesse para a atividade agrícola.

Pedro Fevereiro, presidente do CiB, Professor Auxiliar do Departamento de Biologia Vegetal na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e Diretor do Laboratório do Grupo de Biotecnologia Vegetal no ITQB NOVA, sublinha que apesar destas soluções já se encontrarem numa fase de pré-comercialização, os investigadores esperam agora que estas tecnologias não sejam consideradas, na União Europeia, mais arriscadas do que as técnicas convencionais de controlo de pragas e doenças, uma vez que “as biomoléculas em que se baseiam estas tecnologias são ubíquas e degradam-se rapidamente na natureza”.

Para o investigador, “as tecnologias baseadas nestas biomoléculas têm um enorme potencial, não só porque terem uma ação mais específica para as pragas e doenças que se pretende controlar, mas também por serem seguras, quer para os organismos não alvo, quer para o ambiente.” porque as biomoléculas em que se baseiam estas tecnologias são ubíquas e degradam-se rapidamente na natureza. Além disso, os diferentes organismos, incluindo o Homem, têm uma enorme familiaridade com estas biomoléculas.”

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