Solução Life Reforest já está a ser implementada em áreas piloto afetadas pelos incêndios

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O projeto europeu Life Reforest já iniciou a implementação e validação do seu sistema de micotecnossolos para mitigar a erosão e a perda de solo em áreas afetadas por incêndios florestais em Portugal e na Galiza.

Financiado pelo Programa Europeu LIFE, liderado pelo CETIM – Centro Tecnológico da Corunha, este projeto tem como objetivo a mitigação da erosão e da perda de solo em zonas afetadas por incêndios florestais mediante um sistema baseado em micotecnossolos – uma combinação de resíduos orgânicos estabilizados e inoculados com fungos, contidos numa rede em forma de tubo composto por material biodegradável.

As empresas galegas Hifas da Terra e TEN Tecnosuelos, com a colaboração do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro em Portugal e o CETIM (Espanha), desenvolveram e otimizaram o sistema, para dar início à sua validação este mês em áreas florestais ardidas. Concluídas as tarefas de caraterização, formulação, desenho e desenvolvimento no laboratório da solução Life Reforest está-se a dar início à sua instalação no campo, para ser testada a sua eficácia em duas áreas florestais recentemente afetadas por incêndios: Oliveira de Azeméis (distrito de Aveiro) e no município de Mondariz (Pontevedra, Espanha).

No âmbito deste projeto, cerca de 200 metros quadrados de área florestal ardida foram protegidos com mangas biodegradáveis de micotecnossolos, que irão permitir uma rápida recuperação do coberto vegetal, minimizando também a contaminação de linhas de água próximas a essas áreas. Além disso, o micotecnossolo fornecerá matéria orgânica e nutrientes ao solo, bem como sementes de plantas herbáceas de rápido crescimento, para acelerar a restauração do subcoberto – eucalipto em Portugal e pinhal na Galiza -, promovendo a infiltração de água.

Durante os próximos dois anos, até o verão de 2021, as entidades envolvidas irão validar a eficácia do sistema relativamente à erosão do solo e à poluição das águas de escoamento, avaliando a sua replicabilidade.

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Fonte: Vida Rural

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