Regantes pedem ao Governo medidas para reduzir fatura da eletricidade no regadio

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A Fenareg estará esta sexta-feira (15 de junho) no 8º Encontro Ibérico – Regadio e Sustentabilidade, em Aljustrel, evento em que estará presente o Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, a quem a organização irá exigir medidas de apoio à sustentabilidade energética do regadio.

Numa nota enviada às redações, a Federação Nacional de Regantes de Portugal pede medidas para “compensar” o desaparecimento dos apoios à eletricidade verde e apresenta algumas medidas que considera “essenciais para reduzir o custo da fatura da eletricidade no regadio”.

A organização sugere, assim, que seja criada a possibilidade de “contratar duas potências elétricas diferentes ao longo de 12 meses. Atualmente a potência contratada é cobrada aos agricultores durante todo o ano, quando na realidade o regadio só ocorre durante seis meses por ano. A limitação está na legislação nacional que apenas permite uma alteração do contrato para redução de potência uma vez por ano, o que não se adequa às necessidades dos agricultores.”

Para além disso, a Fenareg pede que seja criado “um programa de apoio para substituição das fontes de energia convencionais por renováveis nas explorações de regadio. Este permitiria alargar a um maior número de utilizadores as experiências-piloto levadas a cabo até à data por algumas Associações de Regantes, como a Associação de Beneficiários do Roxo e a Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas, que aproveitaram a energia gerada pelo sol para a produção de energias renováveis.” A associação diz ainda que se deveria reforçar “as ações de eficiência energética com programa específico de apoio para o setor do regadio, visando a melhoria do desempenho energético das instalações, através da avaliação de desempenho e substituição de equipamentos existentes por outros mais eficientes.”

José Núncio, presidente da Fenareg, sublinha que “Espanha já avançou com contratos de eletricidade sazonais para o regadio, tal como França, sendo importante que o Governo português crie a mesma possibilidade de contrato, num país onde os preços de eletricidade são os mais altos da Europa e mais de metade da fatura são impostos e taxas.”

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