Ovinos de raça Churra da Terra Quente

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Por: Ferreira, J., Azevedo, J. e Vieira‑Pinto, M.

Resumo

Os ovinos de raça Churra da Terra Quente (CTQ), autóctones da região da Terra Quente Transmontana, são criados através de modalidades tradicionais de exploração, recorrendo sobretudo ao pastoreio de percurso.

Nesta região a produção desta raça reveste-se de uma importância socioeconómica muito significativa para a subsistência das populações.

Assim, e com o objetivo de caracterizar as explorações destes ovinos, foi realizado um inquérito aos produtores registados na Associação Nacional de Ovinos de Raça Churra da Terra Quente (ANCOTEQ).

Dos principais resultados obtidos neste estudo destaca-se que apenas 10,5% dos produtores de ovinos desta raça têm menos de 40 anos, 59,2% possui o primeiro ciclo do ensino básico e apenas 19,7% possui formação em pecuária.

Relativamente à alimentação destaca-se que 96,0% dos rebanhos efetuam pastoreio de percurso e 57,9% partilham os pastos com outros rebanhos de ovinos.

Destaca-se ainda que 11,8% dos efetivos eram considerados não indemnes à Brucelose e apenas 19,7% dos produtores desparasitava os seus cães de guarda.

Com este trabalho pretendeu-se caracterizar as explorações de ovinos CTQ, pois este conhecimento é central para a dinamização da comercialização dos produtos obtidos a partir desta e assim potenciar a sua preservação e o seu melhoramento.

Introdução

A raça Churra da Terra Quente é uma raça ovina portuguesa, considerada autóctone da região da Terra Quente Transmontana.

Estes ovinos são produzidos na sua totalidade em regime semiextensivo, fazendo uso de métodos tradicionais quer no seu maneio quer na obtenção dos seus produtos.

A sua designação é reconhecida em parte pelo velo de tipo churro que possui e também devido à área de dispersão do seu efetivo, sendo ao nível local apelidadas apenas de “churras”, “badanas” ou “terrinchas” (García, 2002; Monteiro et al., 2005).

A partir da criação destes ovinos obtêm-se produtos devidamente qualificados, como o Borrego Terrincho DOP e o Queijo Terrincho DOP, constituindo-se como importantes meios de valorização da raça e da região.

A produção destes ovinos é, portanto, uma das atividades socioeconómicas mais importantes para a subsistência das populações.

(Continua)

Nota: Artigo publicado na edição n.º 27 da Revista AGROTEC .

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