Organizações agrárias espanholas juntam-se em prol de uma PAC “mais justa”

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As organizações profissionais agrárias espanholas UPA, COAG e ASAJA e as Cooperativas Agroalimentares de Espanha decidiram unir-se para reclamar uma PAC “mais justa”. Num documento conjunto, que já foi subscrito pelo Ministério da Agricultura espanhol, estas organizações sublinham a importância de “uma voz única” para criar uma PAC “mais forte”.

De acordo com as organizações, “uma PAC forte e comum” é “o melhor instrumento para conseguir a sustentabilidade das exportações e garantir o futuro dos nossos produtores e a única maneira de cumprir as aspirações que foram definidas pela sociedade espanhola e europeia”.

As organizações dizem também que “desmantelar a PAC o renacionalizá-la teria consequências imprevisíveis para a delicada economia agrária, para as zonas rurais e para o meio ambiente e poria em perigo o valor acrescentado que um mercado único tem”.

Neste pacto conjunto, as organizações profissionais agrárias espanholas pedem que a sociedade e as instituições públicas e políticas se juntem a esta causa e que “defendam uma PAC comum e financiada adequadamente”.

“Renunciar à PAC é renunciar a uma parte fundamental da realidade e da história da União Europeia. Debilitar a única política realmente integrada na União Europeia não é construir mais Europa, mas sim optar por decisões e medidas cosméticas que não servirão para enfrentar os importantes desafios que temos em frente”, acrescentam.

O pacto das organizações espanholas é uma crítica às primeiras propostas da Comissão Europeia para a nova PAC, que preveem cortes de 4,5% no financiamento desta medida, nomeadamente para o desenvolvimento rural, no qual está previsto um corte de 16,5%, e nos pagamentos diretos, que deverão sofrer um corte de 3,9%.

Portugal também já se manifestou contra os cortes propostos por Bruxelas. Em junho, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, chegou inclusive a pedir ao Governo e aos eurodeputados que se unissem à oposição para reclamar os cortes propostos para a PAC.

“Estamos totalmente contra o facto de, no segundo pilar da PAC [que financia o desenvolvimento rural], se ter aplicado um corte igual de 15% para todos os Estados-membros”, defendeu o ministro.

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