Dois paradoxos na gestão da drosófila de asa manchada

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Texto: Bernardo Madeira, diretor da Revista Agrotec

No VIII Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo, que decorreu em Março 2019, tivemos oportunidade de assistir a uma interessante preleção da Srª Professora Elisabete Figueiredo sobre o “estado do conhecimento” acerca da drosófila de asa manchada, ou Drosophila suzukii.

Apesar do elevado nível da apresentação, não deixámos de cair nas armadilhas da “estatística” como ferramenta científica quando, pela segurança matemática, esta se tenta sobrepor à intuição ou à visão holística da biologia dos problemas. Especialmente em questões tão complexas como o da relação entre seres vivos e a “economia”.

Ficámos a saber que tem sido com muita atenção que os técnicos têm acompanhado com muito cuidado a evolução das capturas de drosófila e a evolução das populações desta praga em relação às temperaturas ambientais.

Pelo que se percebeu já estamos perante um inseto mesófilo, com alguns problemas de sobrevivência, atividade ou nocividade quando as temperaturas ambientais superam certos limites.

Pelo que nos foi apresentado, na rede nacional de observações a praga tende, claramente, a reduzir, dramaticamente, a sua atividade à medida que as temperaturas atmosféricas superam o seu valor máximo ótimo. Ou seja, progressivamente, acima dos 25ºC e sobretudo acima dos 35ºC constata-se que a praga deprime muitíssimo a sua atividade.

(continua)

Nota: Artigo publicado na edição impressa do Suplemento Pequenos Frutos 27, publicada com a revista AGROTEC 31.

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Fonte: Agrotec

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