Castas de Portugal: Tinta Cão

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Informação Viticert

Morfologia

Extremidade do ramo jovem: Aberta, com pigmentação antociânica média, na orla, e média densidade de pêlos prostrados.

Folha Jovem: Verde com zonas acobreadas, página inferior com média densidade de pêlos prostrados.

Flor Hermafrodita.

Pâmpanos: Ligeiramente estriado de vermelho, gomos com fraca intensidade antociânica.

Folha Adulta: Grande, pentagonal, subinteira. Limbo verde claro, plana a ligeiramente irregular, bolhosidade média. Página inferior com média densidade de pêlos prostrados. Dentes médios e rectilíneos. Seio peciolar pouco aberto, em U, seios laterais abertos em V.

Cacho: Médio, cónico-alado, compacto. Pedúnculo de comprimento médio.

Bago: Arredondado, médio, negro-azul; película espessa, polpa rija.

Sarmento: Castanho escuro, com entre-nós compridos.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fenologia

Abrolhamento: Precoce, 5 dias após a ‘Castelão’.

Floração: Precoce, 2 dias após a ‘Castelão’.

Pintor: Época média, 3 dias após a ‘Castelão’.

Maturação: Época média, uma semana após a ‘Castelão’.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fisiologia

Resistente ao desavinho e à botrytis. Um cacho por lançamento. Porte semi-erecto a prostrado. Vigor elevado.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Valor genético

Variabilidade intravarietal elevada.

Prof. Antero Martins ISA

Casta classificada

Vinho de qualidade DOC: “Porto”, “Douro”, “Bairrada”, “Dão”, “Ribatejo”.

Vinho regional: “Trás-os-Montes”, “Beiras”, “Estremadura”, “Terras do Sado”, “Alentejano”.

Informação Anuário IVV

Descrição geral

A casta é facilmente reconhecível pela cor verde-pálido das folhas. Maturação tardia, das últimas castas a ser vindimado no Douro e no Dão. Os bagos têm resistência aos raios solares e às chuvas de Setembro. Deve ser podada em talão para evitar que a rama ensombre e impeça a maturação dos cachos. A qualidade do vinho pode variar, de muito elevada no caso de condições edafo-climáticas adequadas, a médio em determinados anos e/ou “terroirs”.

Descrição do vinho monovarietal

“A casta é bastante polémica, pois é capaz do pior e do melhor. Em zonas onde tem dificuldade de amadurecer, origina vinhos muito abertos de cor, pouco aromáticos, com notas herbáceas desagradáveis e delgados na boca. Quando as uvas amadurecem bem, à volta dos 13, 14° de álcool provável, origina vinhos perfeitamente deslumbrantes. A sua cor é retinta e os seus aromas penetrantes, com misto de flores silvestres e frutos vermelhos, onde sobressaem as notas de groselha e framboesa; mas é na boca que os vinhos desta casta mais impressionam, devido aos seus taninos, ao mesmo tempo poderosos e redondos, em perfeito equilíbrio com os ácidos e com a delicada estrutura aromática. São pois vinhos de extrema elegância e longevidade, com um toque de feminino que se prolonga na boca por muito tempo” (Loureiro, 2005).

Qualidade do material vegetativo

Material policlonal garantia Porvitis. Material JBP em processo de admissão à certificação.

Alguns vinhos no mercado

Quinta dos Roques (1999); Domingos Soares Franco – Colecção Privada (1999); Quinta de la Rosa (2004),

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