Empreendedores apostam em mercado agrícola online

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Foi apresentada recentemente no mercado nacional a MAPO, uma plataforma para a comercialização de produtos agrícolas, nomeadamente hortícolas, frutícolas, flores e produtos agroindustriais. A VIDA RURAL falou com Diogo Massena, um dos empreendedores por detrás da ideia que nos explicou que o objetivo da tecnologia é expandir as possibilidades de escoamento dos produtos agrícolas e a capacidade de negociação de preços dos produtores.

A MAPO, sigla para Mercado Agrícola Português Online, funciona como uma espécie de montra de produtos agrícolas, onde cada produtor pode exibir aquilo que tem para oferecer consoante o Distrito, Variedade e Produto, sem que para isso tenha que pagar qualquer comissão sobre o produto vendido.

Segundo Diogo Massena, que em conjunto com Hugo Borga e Marcelo Amaral, ambos estudantes de Engenharia Informática com fortes ligações à agricultura, criou esta plataforma, a MAPO é a resposta a um problema antigo do setor. “Muitas das vezes na área da produção agrícola o problema não é produzir, mas sim ter mercado de escoamento, fator este que muitas das vezes condiciona novos investimentos na agricultura. Após uma análise mais aprofundada junto de diversos agricultores, potenciais agricultores, revendedores e consumidores, concluímos que teria viabilidade dar início ao desenvolvimento deste projeto.”

“A plataforma tem como principal objetivo potenciar a comercialização dos produtos agrícolas de forma simples e rápida. Pretendemos que o MAPO seja uma ferramenta útil aos agricultores e que lhes permita ter uma possibilidade de escoamento dos seus produtos assim como capacidade de negociação de valores dos mesmos. Desta forma pretendemos dinamizar o investimento agrícola, e promover a criação de sinergias entre todos os ecossistemas envolventes à área da produção agrícola. É importante fomentar o investimento agrícola. Portugal reúne excelentes condições edafoclimáticas para as práticas agrícolas, que poderiam ser muito mais exploradas”, acrescenta.

Apesar de estar em constante atualização, a plataforma será completamente autónoma, o que significa que “qualquer produtor pode publicar os seus produtos diretamente na plataforma. Após publicar o primeiro anúncio fica automaticamente registado na plataforma e poderá doravante fazer a gestão dos anúncios dos seus produtos. Para que se maximize a integridade da informação e otimize o processo de publicação de um produto na plataforma, – apesar da mesma ser revista por nós mais tarde – as publicações são efetuadas através de um formulário pré-definido de forma a minimizar ao máximo a ocorrências de erros por parte dos utilizadores”, revelam os responsáveis pela ideia.

A partir daí, o potencial comprador só tem que aceder à plataforma e realizar uma pesquisa para que consiga encontrar os produtos desejados e, assim, contactar de forma direta o produtor.

Diogo Massena acrescenta que os objetivos da MAPO a longo prazo passarão por “implementar outras funcionalidades de forma a que os potenciais compradores possam receber informação mais direccionada sobre os produtos que pretendem adquirir. Pretendemos também, mais tarde, se tudo correr bem, trabalhar a plataforma para uma vertente de trading, entre outras implementações que para já se encontram em fase de análise. Neste momento a plataforma é exclusiva para produtores nacionais, mas não deixamos de parte a possibilidade de vir a desenvolver algum tipo de implementação ou plataforma que possa integrar produtores de outros países“.

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